Mantendo tradição de 30 anos, Sindicato inicia 1º de Maio com missa em louvor a São José

Repetindo uma tradição que já dura 30 anos, o Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí, Várzea e Campo Limpo deu início às comemorações do Dia do Trabalho com a missa em ação de graças a São José Operário, padroeiro dos trabalhadores. Mais de 700 pessoas se reuniram no salão do Espaço M para acompanhar a missa celebrada pelo padre Leandro Megeto, pároco da Nova Jerusalém.

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Dezenas de fiéis foram agradecer pelo trabalho, mas também pedir pelos desempregados. “Enfrentamos um momento difícil em nosso país, com mais de 13% da população ativa desempregada. Temos tantos problemas, tantas preocupações…O nosso Brasil precisa caminhar, precisa crescer. As reformas são necessárias para o crescimento de um país, mas nada pode ser feito às custas dos trabalhadores e dos mais pobres.”

O Espaço M ficou cheio de fiéis que foram acompanhar a Missa do Trabalhador.

Na procissão das ofertas, representantes da diretoria do Sindicato levaram objetos de trabalho. Em sua homilia, padre Leandro destacou que vivemos numa sociedade de competições, onde o “anular o outro” é comum. “Por isso o local de trabalho, o ambiente profissional onde cada um se encontra, é o campo de missão, é a terra apropriada para semear e cultivar a boa semente. O trabalho convertido em oração alcança de Deus uma chuva de graças que frutifica em muitos corações.”

“O trabalho convertido em oração alcança de Deus uma chuva de graças”, pontuou Pe Leandro.

 

Segundo o pároco da Nova Jerusalém, o prestígio do profissional cristão não é consequência de simplesmente realizar tecnicamente bem o seu trabalho. “É um prestígio humano, de virtudes. Com esse prestígio, seja o trabalho profissional qual for, converte-se e ilumina os colegas de profissão e transforma o ambiente de trabalho”. E completou: “na oração, nos sacramentos, na missa, o trabalhador cristão encontrará sempre fortaleza quando precisar, para mostrar com fatos que ama a verdade sobre todas as coisas.”

Graciele Rezende, desempregada há um ano, acredita que na próxima Missa do Trabalho estará comemorando por estar empregada. “Tenho fé que no ano que vem estarei aqui para agradecer”, disse ela, que estava acompanhada da filha.

Graziele Rezende está desempregada há um ano e foi à missa pedir por um emprego.

Há também quem foi à celebração para pedir pelos outros. A advogada Marilda de Ângelo foi uma delas. “Vim rezar pelas várias pessoas da minha família que estão desempregadas”, comentou ela, comentando que se emocionou muito com quando o Santíssimo Sacramento passou por entre os fiéis. Muitos deles levantaram carteiras de trabalho, currículos e fotos para serem abençoados.

Um imenso painel de led foi montado no altar, exibindo a imagem de São José Operário. “Aprendamos hoje com São José, trabalhador empenhado em seu ofício, servidor fiel, o que significa pertencer a Deus e estar plenamente entre os homens, santificando o mundo do trabalho. Vamos nos nutrir de esperança e acreditar que é possível que tudo seja transformado, e que a obra da criação retome seu rumo original”, comentou padre Leandro.

A TRADIÇÃO

Segundo o presidente Eliseu Silva Costa, a tradição da missa começou há 30 anos com Frei Luis Maria Sartori, da Pastoral do Mundo do Trabalho. “De lá pra cá nunca deixamos de iniciar o 1º de Maio sem a celebração, sempre agradecendo por aqueles que estão trabalhando e pedindo que Deus abra as portas para os que estão desempregados, para que possam levar o sustento de suas famílias.”

“Há 30 anos iniciamos nosso 1º de maio com uma missa”, lembrou o presidente Eliseu.

Eliseu, que também é presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, convidou a todos para assinarem o abaixo-assinado que será encaminhado ao Congresso Nacional, pedindo uma reforma da previdência sem privilégios e que não prejudique o trabalhador.

Milhares de assinaturas foram coletadas durante a festa.

A coleta de assinaturas seguiu por toda a programação da festa, que incluiu um ato de conscientização sobre a reforma da previdência. O dia de atividades no Clube de Campo foi encerrado com shows com Negritude Junior, Wanderley Cardoso, Teodoro Sampaio e Zé Geraldo.

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