MÊS DA MULHER: mulheres metalúrgicas na luta por uma categoria mais justa

Em 8 de março é celebrado o Dia Internacional da Mulher, data que simboliza a luta das mulheres por igualdade de direitos. Inicialmente, esta data estava ligada à reivindicação por igualdade salarial, mas, atualmente, também representa a luta das mulheres não apenas contra a desigualdade salarial, mas também contra a violência e o machismo.

O empenho das mulheres trouxe diversos avanços sociais e, consequentemente, no trabalho. A participação feminina nas empresas industriais cresceu 14,3% em 20 anos, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego. 

Na base metalúrgica de Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista, 25% dos cargos são ocupados por mulheres. O Sindicato dos Metalúrgicos conta com sete diretoras sindicais que representam a categoria. 

Com o objetivo de aproximar os núcleos femininos dos sindicatos, no final de janeiro, as sindicalistas de Jundiaí, São Paulo, Osasco e Guarulhos realizaram o Encontro das Dirigentes Metalúrgicas. Na ocasião, elas elaboraram uma agenda de ações que contemplam as mulheres metalúrgicas. 

Unidas somos mais fortes!
Em 2004, Rose Prado foi a primeira mulher a entrar na diretoria de base do Sindicato e, em 2012, se tornou a primeira mulher na Diretoria Executiva. “Foi um período em que houve um avanço significativo das mulheres dentro da indústria metalúrgica. Por essa razão, sabia da importância de ocupar o meio sindical. De lá para cá, a presença feminina  aumentou e as reivindicações específicas ganharam mais força”, avaliou a diretora. 

Ao lado da diretora Rose, também representam o Sindicato as diretoras, Andréa Ferreira Barbosa, Leonice Maria da Silva (Léo), Rosemilda de Araújo Pereira, Vera Maria Cyrino, Luciana Santos Rocha da Silva e Maria Aparecida Alves (Cida), que estão atuando na base junto às trabalhadoras. 

Além da luta por direitos, elas estão comprometidas em prezar pela auto estima, valorização das conquistas e igualdade de gênero para enfrentar a violência e o preconceito, ainda presentes na sociedade e no trabalho.  

A iniciativa de estreitar os laços entre as mulheres metalúrgicas vem em um momento delicado, de profunda crise nas esferas econômica, política e de saúde pública. Neste cenário, as mulheres ainda são as mais afetadas. O desafio, que já não era pequeno, ficou ainda maior. Muitas delas perderam o emprego e recorreram ao trabalho informal. 

O “Mês da Mulher” é um momento de reflexão em torno de todas as lutas e conquistas das mulheres. Ainda há muitos desafios pela frente, e elas seguem empenhadas na luta por uma sociedade mais justa. 

Foto de abertura: Agência Brasil/Arquivo

 

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