Trabalho de base: MP 905 é o foco dos metalúrgicos

O trabalho de base pela conscientização e mobilização dos trabalhadores em torno dos impactos da MP 905, segue firme entre sindicalistas e trabalhadores. Na tarde desta quarta-feira (29), o Sindicato marcou presença na Maccaferri, em Jundiaí, para uma assembleia, e aproveitou a oportunidade para distribuir a cartilha elaborada pelas das principais centrais sindicais do Brasil. O conteúdo do documento apresenta comparativos de pontos da nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com pontos da “Carteira de Trabalho Verde e Amarela”. 

O diretor sindical, José Carlos Cardoso (Mineiro), informou os trabalhadores da Maccaferri sobre os impactos da MP 905

 “Neste momento de tantas incertezas para a classe trabalhadora, o Sindicato precisa estar cada vez mais próximo do trabalhador. Esse formato de ação reforça e intensifica a nossa luta contra o desmonte de direitos que está sendo promovido pelo atual governo”, explicou Eliseu Silva Costa, presidente do Sindicato. 

A MP 905
O mais novo desmonte defendido pelo governo Bolsonaro, surgiu sob o pretexto de estimular o primeiro emprego. Segundo estudos do DIEESE, o texto cria uma modalidade de trabalho precário, com jornada intensa desproporcional ao salário, péssima fiscalização e enfraquecimento da mobilização coletiva. 

“É uma medida que vai prejudicar os jovens em seu momento de maior otimismo, e isso é muito grave. Tira as perspectivas de toda uma geração. Por essa razão, os metalúrgicos devem valorizar a nossa Convenção Coletiva, pois ela possui cláusulas que protegem o trabalhador de medidas negativas como a MP 905”, explicou Eliseu. 

O instituto enumera os principais pontos do que chama de “nova reforma trabalhista”:

  • Desonera as empresas, mas onera os empregados com o pagamento da contribuição previdenciária para aqueles que acessarem o seguro-desemprego
  • Em vez de promover empregos, facilita a demissão de trabalhadores e pode estimular a informalidade
  • Aumenta a jornada de trabalho no setor bancário
  • Amplia a desregulamentação da jornada
  • Promove a negociação individual e enfraquece os acordos coletivos
  • Retira os sindicatos da negociação de participação nos lucros ou resultados (PLR)
  • Dificulta a fiscalização do trabalho
  • Cria um conselho sobre acidentes de trabalho sem participação dos trabalhadores ou mesmo do Ministério da Saúde
  • Altera regras para concessão do auxílio-acidente
  • Institui multas que podem enfraquecer a capacidade de punição a empresas que cometerem infrações trabalhistas
  • Revoga 86 itens da CLT, incluindo medidas de proteção ao trabalho 

O Dieese observa que se passaram dois anos desde a entrada em vigor da Lei 13.467, de “reforma” trabalhista: os empregos não vieram e o mercado de trabalho segue se deteriorando, com aumento da informalidade e da precarização. “Como consequência de toda essa situação, a concentração de renda e a pobreza no país aumentaram”, constata o instituto.

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