O funcionamento de uma Campanha Salarial

Por conta do momento econà´mico que o Brasil vive, os nossos diretores sindicais estão preocupados com a Campanha Salarial do ano de 2015. Os mesmos declaram que as negociações deverão ser extremamente estratégicas e muito bem definidas.

à‰ necessário um entendimento completo e conciso sobre o assunto, pois envolve conscientização e consequentemente a mobilização de toda categoria metalúrgica. Saber instruir os trabalhadores é fundamental para que o funcionamento da campanha traga bons resultados.

 

Tópicos:  

  • Data Base
  • Pauta de Reivindicações
  • Mobilização
  • Campanha Salarial

 

DATA BASE

à‰ chamado de Data Base o dia limite em que patrões e empregados podem discutir e regulamentar os direitos dos trabalhadores para os próximos 12 meses. A data base da nossa categoria é o dia 1 ° de novembro. Esta data marca o início da aquisição dos direitos de todos os trabalhadores por meio de um Acordo Coletivo de Trabalho ou de uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Durante a  Campanha Salarial, as reivindicações dos trabalhadores vão desde questões de ordem econà´mica, como reajuste da remuneração, até questões envolvendo condições de trabalho, como melhorias estruturais. Estes assuntos são discutidos em cada assembleia geral, realizada pelo sindicato com os trabalhadores, para a preparação da  Pauta de Reivindicações.

 

PAUTA DE REIVINDICAà‡à•ES

Entre uma data base e outra, representantes do sindicato vão até os trabalhadores em seu local de trabalho. O intuito é colher as informações sobre o cumprimento e eficiência das cláusulas que formam a atual Convenção Coletiva de Trabalho.

Cerca de três meses antes da data base, o Sindicato já começa a organizar as Assembleias Gerais com todos os metalúrgicos. Nestas reuniões, todas as reivindicações dos trabalhadores são colocadas em discussão e formalizadas em um documento. Assim é formada a Pauta de Reivindicações.

O conjunto dessas pautas são reunidas com a organização da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, para servir de base na mesa de negociação com os sindicatos patronais, organizados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).

As reivindicações podem ser divididas em:

  • Cláusulas econà´micas;
  • Cláusulas sociais;
  • Cláusulas sindicais.

Após protocolada junto ao sindicato patronal, a Pauta de Reivindicações será debatida em uma reunião interclasse. Normalmente a iniciativa de negociação parte dos representantes dos empresários.

 

MOBILIZAçO

No processo de negociação, a Mobilização por parte dos trabalhadores é de fundamental importância. Os diretores do sindicato devem desenvolver o máximo de informações por meio boletins, panfletos, internet, e-mails, grupos em aplicativos e redes sociais, para que o trabalhador da categoria possa estar por dentro de tudo que esteja acontecendo em relação as negociações.

Os negociadores devem estar sempre ligados nos dados estatísticos de projeção e políticos envolvendo o cenário econà´mico, devem realizar pesquisas salariais, fazer comparativos, tudo isso com o objetivo de entender o perfil social e econà´mico das empresas e dos seus trabalhadores.

Todas as informações coletadas devem ser passadas para as assessorias analisarem e definirem qual a melhor orientação, elegendo prioridades de acordo com as principais reivindicações.

 

CAMPANHA SALARIAL

Anualmente, o sindicato luta em favor de aumentos salariais e benefícios para a categoria. Para garantir bons resultados, é necessário que a categoria esteja consciente e mobilizada em uma forte Campanha Salarial.

Durante a campanha, são realizadas as estratégias pré-definidas para alcançar os objetivos da classe, que foram pautados nas assembleias gerais organizadas pelo sindicato. A partir de então, os trabalhadores, representados pelo sindicato, lutam para conquistar melhorias. Quanto maior é a mobilização, mais forte é a Campanha Salarial.

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