Centrais sindicais realizam ato em defesa do emprego e dos direitos

“A nossa luta unificou, é estudante junto com trabalhador”, foi um dos muitos gritos de protesto que ecoaram ao ritmo de panelas no “Ato em Defesa do Emprego, dos Direitos e Contra a Desindustrialização do Brasil”, realizado na manhã desta segunda-feira (3), no vão livre do MASP, em São Paulo. Mesmo chovendo, dirigentes sindicais, trabalhadores, ativistas sociais e estudantes, caminharam até os arredores da FIESP. O ato organizado pelas principais centrais sindicais do Brasil. 

A intenção dos militantes foi aproveitar a presença do presidente, Jair Bolsonaro, em uma reunião com dirigentes do setor industrial, na FIESP, para protestar contra as medidas do ministro da Economia, Paulo Guedes. Ao fazerem o uso da palavra, as lideranças sindicais fizeram duras críticas às reformas da Previdência e trabalhista, e também ao chamado “Contrato de Trabalho Verde e Amarelo”, a MP 905. 

“As medidas dos governos Temer e Bolsonaro não renderam resultados significativos, afinal, a promessa de geração de emprego ainda parece muito distante. A esfera trabalhista brasileira está mais cada vez mais complexa, por conta da informalidade e da precarização de diversas atividades. Tudo isso está gerando o desmonte dos direitos conquistados, desgaste de muitas categorias de trabalho e desigualdade social. É preciso pressionar e propor alternativas para cada um destes impasses, e somente com a união e apoio popular que iremos nos defender e criar modos de avançar”, declarou o presidente do Sindicato, Eliseu Silva Costa, presente na ocasião. 

Membros da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista participaram do ato. 

Conjuntura trabalhista 

Quando apresentou a proposta de reforma trabalhista, em 2016, o governo Michel Temer defendeu que a medida seria capaz de gerar 2 milhões de vagas entre 2018 e 2019. 

A reforma completou dois anos de vigência, e os resultados ainda são tímidos.  A taxa de desemprego mudou pouco – era de 12,2%, em outubro de 2017, e em outubro de 2019 apontou 11,8%, segundo dados do IBGE. Vale ressaltar que houve aumento nos empregos informais – que na maioria das vezes não garantem o básico aos trabalhadores, desestabilizando o acesso ao consumo. No caso dos empregos formais, foram gerados cerca de 961.267, abaixo do prometido pelo governo Temer. Além disso, a “alta” do emprego formal inclui o trabalho precário e salários menores. 

 

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