Sindicato e trabalhadores da Sifco/Dana fazem manifesto por pagamento dos 40% do FGTS

Por volta das 4h de terça-feira (3), representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí, Várzea e Campo Limpo, junto com os trabalhadores demitidos da Sifco (atual STJ Forjaria/Dana), iniciaram um manifesto pacífico na porta da empresa. O objetivo da ação foi sensibilizar a Dana para que o saldo da venda da Sifco seja antecipado, e assim, quitar a multa de 40% do FGTS antes do mês de dezembro, evitando um possível adiamento do pagamento por conta do recesso de fim de ano da Justiça.

Durante o manifesto,  os trabalhadores da Dana – administrativo e produção – permaneceram do lado de fora e não entraram para trabalhar. A ação contou com o apoio de vários outros sindicatos, como o de São Paulo, Osasco, Bragança Paulista, Suzano, Piracicaba, Santa Bárbara e Cerquilho.

No início da manhã, duas viaturas da PM e 13 viaturas da Guarda Municipal, incluindo a do canil, ronda escolar e até o à´nibus do programa contra o crack chegaram ao local. Esse foi o maior efetivo da GM  presente numa assembleia, nunca antes registrado nos 71 anos de história do Sindicato. Como o manifesto transcorria pacificamente, algumas equipes da Guarda deixaram o local, permanecendo somente cinco viaturas.

O manifesto transcorreu pacificamente, mas mesmo assim um grande efetivo da GM foi enviado ao local.

Por volta das 9h, uma assembleia foi realizada reunindo todos os trabalhadores. “Estamos aqui em solidariedade aos demitidos da Sifco, fazendo um apelo à  Dana, para que antecipe parte do holdback de R$ 30 milhões e, assim, seja possível a Sifco quitar os 40% que são de direito desses companheiros. Assim daremos um basta nessa questão das verbas rescisórias”, afirmou o presidente do Sindicato, Eliseu Silva Costa.

Representantes da Dana acompanharam toda a assembleia do lado de dentro da empresa, mas não se manifestaram. à€s 10 horas os portões foram abertos, mas os trabalhadores não entraram. O gesto de solidariedade foi aplaudido pelos muitos demitidos da Sifco.

Segundo o diretor sindical Natanael Onofre Matias, o Caé, desde o início do manifesto, nenhum representante da empresa foi conversar com o Sindicato. “Porém, estamos abertos ao diálogo, prontos para sentar e negociar.  Continuaremos aqui até a empresa apresentar um posicionamento.”

O Sindicato permanece do lado de fora junto com os trabalhadores, aguardando um posicionamento da empresa.

E foi o que aconteceu, o manifesto continuou durante a tarde. Os trabalhadores do segundo turno ficaram para a assembleia e também não entraram em solidariedade aos ex-funcionários. 

 

 

Os trabalhadores do segundo turno também não entraram na empresa em apoio aos ex-funcionários. 

Os diretores Natanael Onofre Matias, o Caé, e Mário Aparecido Daniel conversaram com uma representante do RH da empresa, que disse, apenas, que encaminharia as reivindicações aos responsáveis. Os sindicalistas permaneceram na porta da empresa até o final da noite de terça-feira, no horário de entrada do terceiro turno. 

Na madrugada desta quarta-feira (4), os diretores sindicais e parte dos companheiros demitidos da Sifco voltaram a Dana. A empresa iniciou suas atividades produtivas normalmente. “Após esse ato tão representativo, esperamos que a empresa se sensibilize com a situação desses trabalhadores e reabra as negociações. Continuamos acompanhando o caso”, disse o presidente Eliseu. 

 

Na madrugada desta quarta-feira (4) sindicalistas e trabalhadores marcaram presença na frente da empresa

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