“Se não tivermos uma bancada dos trabalhadores, nós estamos perdidos”, diz Pochmann

A atual conjuntura econà´mica, o sistema político e a questão trabalhista foram os temas que nortearam a palestra do professor e pesquisador do Centro de Estudos de Economia do Trabalho do Instituto de Economia da Universidade de Campinas (UNICAMP), Marcio Pochmann, realizada na tarde da última quarta-feira (25), no Sindicato dos Metalúrgicos. 

Pochmann fez um balanço histórico dos períodos agrário, urbano industrial e agora sociedade de serviços. O professor apresentou os principais desafios enfrentados pela economia, pela política e pela classe trabalhadora de cada época. 

Sobre o atual momento, Pochmann enfatizou que a sociedade precisa agir o mais rápido possível para que a soberania e o progresso da classe trabalhadora sejam garantidos. “à‰ nos momentos difíceis que podemos dar um salto de qualidade. Precisamos de rebeldia”. 

 

Sindicalistas e ativistas participaram ativamente da palestra elaborando questionamentos

 

Em relação ao sistema político, o pesquisador destacou a falta de representantes trabalhistas dentro do congresso. “Se não tivermos uma bancada dos trabalhadores, nós estamos perdidos. Não devemos nos esquecer que o governo atual defende uma classe”, declarou. E ele complementa que “é preciso construir uma nova maioria, precisamos passar o protagonismo para a classe trabalhadora”. 

O professor não deixou de comentar sobre a polarização política e o quanto esse fator pesará nas eleições. Para analisar, Pochmann destacou a ineficiência o Estado na apuração dos crimes cometidos pela ditadura e o efeito colateral gerado. “Entramos na nova república sabendo que não passaríamos a história a limpo, a ditadura saiu ilesa. Por não saberem do que ocorreu, as pessoas insistem em candidatos autoritários. Diferentemente da Argentina, que prendeu os criminosos da ditadura”, explicou. 

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