Greve na Sifco é suspensa. Empresa tem até à s 13 horas para pagar atrasados

Os trabalhadores da Sifco, em Jundiaí,  decidiram voltar ao trabalho na noite de ontem, segunda-feira (16),  depois de uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho que determinou a utilização imediata do crédito de exportação da Dana Indústrias Ltda e Sifco SA para o pagamento dos salários.

Em assembleia, os funcionários decidiram voltar ao trabalho até o início do turno da tarde desta terça-feira (17). Caso a empresa descumpra a decisão judicial, a greve será retomada.

A paralisação das atividades aconteceu devido ao descumprimento  da empresa em pagar o adiantamento salarial  na  sua totalidade. O Sindicato continua na porta da metalúrgica e conversou com os trabalhadores que entraram no turno das 5 horas da manhã.    

“Continuamos aguardando o cumprimento da decisão judicial. Queremos resolver da melhor forma possível, mas enquanto não houver regularização do adiantamento salarial dos companheiros da Sifco, o Sindicato permanecerá aqui reivindicando a resolução das pendências”, disse o diretor do Sindicato, Natanael Onofre Matias (Caé).  

 

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Na segunda-feira (16) nenhum turno realizou atividades produtivas

 

Na última quinta-feira  (12),  representantes sindicais realizaram uma assembleia na empresa reivindicando que o pagamento do vale fosse  depositado aos trabalhadores até ontem (15). Caso contrário, os trabalhadores entrariam em greve até que a situação fosse  regularizada. A Sifco, por sua vez, efetuou o depósito, mas não em sua totalidade.  

No início da semana passada, a empresa havia efetuado o pagamento da última  parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Na quarta-feira (11), a Sifco  notificou o Sindicato  do possível atraso do pagamento do adiantamento,  alegando  que o processo de recuperação judicial e a atual conjuntura econà´mica não favorecem o desempenho da empresa.  

O Sindicato, por sua vez, argumentou que estes fatores possuem peso significativo, porém, é preciso  cumprir as obrigações, principalmente em relação aos salários.  

Para o presidente do Sindicato, Eliseu Silva Costa, a empresa deve, antes de tudo, resolver questões que envolvem os trabalhadores. “Os companheiros  continuam produzindo e gerando lucro para a empresa, mesmo nos momentos difíceis. Ficaremos aqui, de plantão, aguardando um posicionamento da Sifco para que, primeiro, a integridade do trabalhador seja garantida”, disse.  

“Caso a empresa descumpra a decisão judicial, faremos nova assembleia para definir se os companheiros paralisam as atividades novamente”.

 

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