Atenção aposentados: revisão da aposentadoria pode ser golpe

Uma carta enviada a muitos aposentados oferece consulta gratuita sobre a revisão da aposentadoria. Só que a expectativa de conseguir um aumento no benefício do INSS quase sempre termina em decepção e prejuízo.

A carta vem de várias “associações” diferentes mas o texto de algumas delas é idêntico. O que acontece, na maioria das vezes, é que o aposentado procura o serviço e é informado que precisa pagar um valor para que façam o cálculo de quanto ele pode receber. De acordo com alguns relatos o valor cobrado pode chegar a R$3 mil, divididos em 10 parcelas.

“Além do preço absurdo, outro grande problema é que poucos aposentados têm direito a essa revisão e acabam gastando dinheiro sem necessidade”, disse Irineu Zignani, responsável pela AMA (Associação dos Metalúrgicos Aposentados).

O que deve ficar bem claro é que qualquer pessoa pode pedir a revisão da aposentadoria, mas nem todas têm direito a um aumento. Por isso, é preciso ficar atento. Essas “associações” desconhecidas que oferecem o serviço sabem disso e cobram caro por uma ação que não vai dar resultado.

O advogado do Sindicato, Erazê Sutti, afirma que aqueles que se aposentaram entre 5 de outubro de 1998 a 4 de abril de 1991, possuem mais chances de erro no benefício em razão da possibilidade de enquadramento na chamada Revisão do Buraco Negro, assim como aqueles que se aposentaram entre 5 de abril de 1991 a 31 de dezembro de 2003, que entram na Revisão do Teto.  “Além desses períodos, ainda é possível revisões do ato de concessão (erro no cálculo ou desconsideração de tempo insalubre) e outras defesas de teses em tribunais superiores, que necessitam de análise individualizada. O importante é o aposentado com dúvidas procurar o departamento jurídico para esclarecimentos e, assim, evitar cair em golpes”, orienta.

Para os casos em que são necessários cálculos para avaliar se há alguma chance de receber um aumento no valor do benefício, isso deve ser feito por um contador previdenciário ou advogado.

Foto: Agência Brasil

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